D-Cifra
Conheci a Catarina à muito pouco tempo.
Mas vi nela uma miúda super espontânea e verdadeira.
Não tem travão na língua.
Diz as coisas à maneira dela e sempre com um sorriso.
A Catarina respira musica e por isso tornou-se na D-Cifra.
Tentei decifrar um bocadinho desta miúda simples e sem manias.
Sabe o que quer e não tem medo do amanhã.
Passou pelo The Voice, mas isso não lhe trouxe quase nada.
Vejam o que ela nos diz sobre a música.
E acompanhem o canal dela do Youtube aqui
Inês- Catarina ou D-Cifra?
Catarina- D-Cifra..
Inês- Porquê D-Cifra?
Catarina- Porque não é qualquer pessoa que decifra a minha maneira de ser.
Inês- Como começou o teu gosto pela musica?
Catarina- Foi quando era chavalinha, tinha prai 13anos. Eu já gostava de música e cantava em vários sítios, como festas populares e tal, ia para cima do palco. Mas música, aquele gosto, gosto foi aos 4 anos.
Inês- Começaste logo a cantar o teu estilo de música, ou por outro estilo completamente diferente?
Catarina- Eu comecei a cantar músicas da Floribela... (risos)
Inês- Deixaste de gostar da musica, ou da Floribela?
Catarina- Dela... (risos) de tudo. Tinha 5 anos, é compreensível. A partir dos 6/7 anos comecei a ouvir rap, comecei a fazer rap aos 13 anos.
Inês- Começaste com o teu estilo, Rap, aos 13 anos?
Catarina- Sim, rap a sério foi aos 13 anos. Já escrevia as minhas cenas, mas não era igual.
Inês- O que te levou ao The Voice?
Catarina- Queria expandir a minha imagem. Queria ver se tinha alguma oportunidade.
Inês- Querias ver o que dava...
Catarina- Sim, exactamente. Graças a Deus, até correu bem.
Inês- E o que deu?
Catarina- Olha concertos, visibilidade, ganhar mensagens super queridas, tenho 2 clubes de fãs.
Inês- Tu querias muito passar, mas sabias que no teu estilo nem sempre é fácil...
Catarina- Sim, é diferente ver uma rapariga a fazer Rap. Acho que foi mais por isso que eles me passaram...
Inês- Quando cantavas as cadeiras não viravam, foi só no último segundo, o que sentiste?
Catarina- Já foste... (risos) Mas depois pronto, lá houve uma luz ao fundo do túnel.
Inês- Se o Anselmo não virasse, só por aquele momento já tinha valido a pena?
Catarina- O facto de estar ali, já valeu a pena. Já me tinha mostrado. E tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.
Inês- O Anselmo virou a cadeira! Como foi a partir dai?
Catarina- Só disse asneiras.. Fiquei feliz para caraças. (risos) Não estava nada à espera que ele fosse carregar.
Inês- Ele disse-te alguma coisa depois?
Catarina- Disse que eu era nitidamente uma raper. Que tinha a cena cá dentro. Que para rapariga tinha boa voz, bom flow, boa lírica e para continuar.
Inês- Avançaste mais duas fases?
Catarina- sim, fui às batalhas e depois ao tira-teimas.
Inês- E foi no tira-teimas que não passaste?
Catarina- Sim, foi ai que não passei mais.
Inês- Já mais alguma vez tentaste ir novamente a algum programa...
Catarina- Recentemente tive a oportunidade de ir a um concurso que quem ganhasse gravava com uma editora. Não fui por causa do meu trabalho neste momento, porque o trabalho é certo, e o ganhar o concurso não.
Inês- Neste momento, estás a trabalhar para ter dinheiro para a música...
Catarina- Exactamente, é o meu objectivo.
Inês- E quais são os teus objectivos enquanto D-Cifra?
Catarina- Encontro-me a gravar um EP, vou gravar já hoje um videoclipe, tenho concertos já marcados, mas o que está na minha cabeça é fazer um grande EP.
Inês- Depois do The Voice, que ajudas é que tiveste?
Catarina- Nenhumas, mas sabes que mais, agradeço não ter tido. Porque agora estou a dar valor, ver o que custa realmente algo.
Inês- Ainda manténs contacto com alguém do The Voice?
Catarina- Claro, com a Deolinda, com a Beatriz uma fadista que teve lá, com a Filipa Azevedo...
Inês- E com o Anselmo?
Catarina- Raramente, de vez em quando ainda falo, mas muito raramente, porque ele também tem muito trabalho.
Inês- O que mudou em 2 anos, em ti?
Catarina- Mentalidade, cresci. A nível técnico também melhorei. Estou com raça, mas também com mais calma. Sei que vai dar certo.
Inês- Sentes que o The voice alterou alguma coisa?
Catarina- Só a visibilidade.
Inês- Tu escreves as tuas musicas. O que sentes quando escreves?
Catarina- Sinto liberdade. Gosto de escrever o que sinto, o que sou. alem de cantar, escrever é o que gosto mais.
Inês- Em que momentos escreves, ou o que te leva a escrever?
Catarina- Então, eu não tenho uma vida muito fácil, então vou para o quarto e desabafo com o papel, é o meu psicólogo.
Inês- És tu que fazes tudo nas tuas músicas, letra e instrumental?
Catarina- Sim. Nos instrumentais tenho ajuda do meu produtor, eu ajudo mas ele é que mexe com as máquinas, porque eu não percebo, mas eu é que digo o que quero. Somos uma boa equipa.
Inês- Como é o teu dia-a-dia?
Catarina- Neste momento, vou para o trabalho às 11h, saio às 20h, vou para os ensaios, ou vou para o estúdio, ou escrever. E deito-me lá para as 4h da manhã. Não tenho tempo para os amigos. É trabalho e música.
Inês- O que te estás a ver a fazer daqui a 2 anos.
Catarina- Se tudo correr bem, espero cegamente já estar a evoluir enquanto artista.
Inês- Vês te a viver da música?
Catarina- Vejo! Se eu não acreditar, ninguém acredita em mim.
Inês- Se pudesses olhar para alguém e dizer "Gostava de um dia ser como aquele(a)... " ter uma inveja boa...
Catarina- O Piruka adoro a voz, lírica, na personalidade, adoro o Dengaz.
Inês- Alguma porta já se fechou?
Catarina- Já... Quando tu tens um grande concerto e ele não se concretiza, não pela minha parte, mas pela organização do mesmo. Mas é com os erros que se aprende.
Inês- Não tens medo do amanhã?
Catarina- Não... (risos) Não tenho mesmo! O que tiver de ser, será.
Inês- A tua vida é a música?
Catarina- Sem dúvida!!
Inês- O que falta neste momento?
Catarina- As coisas começarem a ir e a dar. Preciso de uma editora que pegue em mim e veja o meu valor.
Vejam aqui a prova cega da D-Cifra.
Espero que tenham gostado.
Em breve vamos partilhar o novo videoclipe.
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